E quem é Rei, nunca perde a majestade...
"Eu estou aprendendo a ser feliz. Tem que se educar. Que nem você tem que aprender a ler, a escrever, tem que aprender a ser feliz. Eu só vou parar no dia que eu morrer." ♥ (CAZUZA )
"...A edição da semana, com data de 26 de abril de 1989, foi às bancas com uma foto agressiva, que o fazia pior do que ele realmente estava, e um título arrasador:
Cazuza. Uma Vítima da Aids Agoniza em Praça Pública. Em sua capa,
VEJA sentenciou a morte de meu filho sem qualquer constrangimento. Como deuses, jornalistas decidiram seu destino e, aí sim, o exibiram em praça pública.
(...)
O real problema da matéria se concentrava em seu parágrafo final.
"Cazuza não é um gênio da música. É até discutível se sua obra irá perdurar, de tão colada que está no momento presente. Não vale, igualmente, o argumento de que sua obra tende a ser pequena devido à força do destino: quando morreu de tuberculose em 1937, Noel Rosa tinha 26 anos, cinco a menos que CAZUZA, e deixou compostas nada menos que 213 músicas, dezenas delas obras- primas que entraram pela eternidade afora. Cazuza não é Noel, não é um gênio. É um grande artista, um homem cheio de qualidades e defeitos que tem a grandeza de alardeá-los em praça pública para chegar a algum tipo de verdade."
Em oito anos de carreira, Cazuza deixou 126 músicas gravadas por ele, 34 por outros e mais de 60 inéditas.
Meu filho não aguentou. As lágrimas tristes se transformaram em choro compulsivo. A pressão baixou quase a zero. (...) Era uma hora da madrugada quando meu filho, já internado e medicado na Clínica São Vicente, saiu da crise e a pressão foi estabilizada. Nesse momento, peguei o telefone e liguei para a casa da jornalista Ângela Abreu (ajudou a entrevistar Cazuza e montar a matéria). Ela não estava. Falei então para uma de suas filhas:
-Diga à sua mãe que estou ligando do hospital, que meu filho quase morreu. E que eu espero que nunca ninguém faça com vocês, o que ela fez a meu filho"..."
Assim que Cazuza leu a matéria e começou perder a pressão sanguínea, João, desesperado lhe fez uma promessa:
-Meu filho, eu vou dar uma porrada nesse cara (Alessandro Porro - verdadeiro autor da matéria) de qualquer maneira...
Durante três noites seguidas, João acampou na porta do apartamento onde vivia Alessandro, no Rio. Ficava até de madrugada dentro do carro esperando que ele entrasse ou saísse. Ele lembra:
"Fiquei tão louco que, por pouco, não me torno um assassino. Eu estava completamente transtornado e, se o pegasse, tenho certeza de que poderia acontecer algo muito grave. Mas acabei falando com ele só por telefone e porrada que deveria ter sido dada pessoalmente se transformou num esporro monumental, quando cheguei a ameaçá-lo de morte."
Por: Lucinha Araujo em CAZUZA: SÓ AS MÃES SÃO FELIZES.
Alguns jornalistas, tem realmente o poder de me provocar náuseas...
Lamentável...