quarta-feira, 22 de julho de 2009

Absolvendo o amor. :)

Uma mulher namora um príncipe encantado por três meses e então descobre que ele não é príncipe coisa nenhuma, e sim um bobalhão que não soube equalizar as diferenças e sumiu no mundo sem se despedir. Mas um, segundo ela. São todos assim, os homens. Ela resmunga: "Não dá mesmo pra acreditar no amor".
Peraí. Porque o amor tem que levar a culpa desses desencontros? Que a princesa não acredite no Pedro, no Paulo ou no Pafúncio, vá lá, mas responsabilizar o amor pelo fim de uma relação e a partir daí não querer mais se envolver com ninguém é preguiça de continuar tentando. Não foi o amor que caiu fora. Aliás, ele talvez nem tenha entrado nessa história. Quando entra, é pra contribuir, para apimentar, para fazer feliz. Se o relacionamento não dá certo, ou dá certo por determinado tempo e depois acaba, o amor merece um aperto de mãos, um muito obrigada e um até a próxima. Fique com o cartão dele, você vai chamá-lo de novo, vai precisar de seus serviços, esteja certo. Dispense namorados, mas não dispense o amor, porque esse estará sempre a postos. Viver sem amor por uns tempos é normal. Viver sem amor pra sempre é azar ou incompetência. Só não pode ser uma escolha, nunca. Escolher não amar é suicídio simbólico, é não ter razão para existir. Não adianta querer compensar com amor pelos amigos, filhos, cachorros, não é com eles que você fica de mãos dadas no cinema.
(...) Qualquer amor merece nossa total indulgência, porque quem costuma estragar tudo, caríssimos, não é ele, somos nós.

- Martha Medeiros.


Um bom poema é aquele que nos dá a impressão de que está lendo a gente ... e não a gente a ele!
- Mário Quintana


É exatamente isso que acontece quando leio Martha Medeiros. :D
Beeeeijos. :*